quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

30 anos sem Garrincha - Garrincha pra sempre!


Coluna Megafone - Deixa Falar, da revista Carta Maior. [Link para publicação original].
 * (Uma dica da minha amiga Beth).

Trinta anos sem o gênio Mané Garrincha

No dia 20 de janeiro de 1983, há exatos 30 anos, morria Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, no Rio de Janeiro. Por causa disso, "Deixa Falar: o megafone do esporte" sai em edição extraordinária para lembrar Mané e uma de suas criações - o "olé" - através de um texto clássico de João Saldanha, à época (1958) técnico do lendário time do Botafogo.
Raul Milliet Filho

“OLÉ” NASCEU NO MÉXICO

(Texto extraído do livro Os Subterrâneos do Futebol, de João Saldanha, lançado em 1963 pela editora Tempo Brasileiro)

O Estádio Universitário ficou à cunha. Cem mil pessoas comprimidas para assistir ao jogo. É muito alegre um jogo no México. É o país em que a torcida mais se parece com a do Rio de Janeiro. Barulhenta, participa de todos os lances da partida. Vários grupos de “mariaches” comparecem. Estes grupos, que formam o que há de mais típico da música mexicana, são constituídos de um ou dois “pistões” e clarins, dois ou três violões, harpa (parecida com a das guaranias), violinos e marimbas. As marimbas são completamente de madeira, mas não vão ao campo de futebol, sendo substituídas por instrumentos pequenos. O ponto alto dos “mariaches” é a turma do pistão, do clarim e o coro, naturalmente. No campo de futebol, os grupos amadores de “mariaches” que comparecem ficam mais ativos em dois momentos distintos: ou quando o jogo está muito bom e eles se entusiasmam, ou, inversamente, quando o jogo está chato e eles “atacam” músicas em tom gozador. No jogo em que vencemos ao Toluca, que estava no segundo caso, os “mariaches” salvaram o espetáculo.

O time do River era, realmente, uma máquina. Futebol bonito e um entendimento que só um time que joga junto há três anos pode ter. Modestamente, jogamos trancados. A prudência mandava que isto fosse feito. De fato, se “abríssemos”, tomaríamos um baile.

Foi um jogo de rara beleza. E não foi por acaso. De um lado estavam Rossi, Labruña, Vairo, Menéndez, Zarate, Carrizo. De outro, estavam Didi, Nilton Santos, Garrincha etc. Jogo duro e jogo limpo. Não se tratava de camaradagem adquirida em quase um mês no mesmo hotel, mas sim da presença de grandes craques no gramado. A torcida exultava e os “mariaches” atacavam entusiasmados.

Estava muito difícil fazer gol. Poucas vezes vi um jogo disputado com tanta seriedade e respeito mútuos. Mas houve um espetáculo à parte. Mané Garrincha foi o comandante. Dirigiu os cem mil espectadores. Fazendo reagirem à medida de suas jogadas. Foi ali, naquele dia, que surgiu a gíria do “Olé”, tão comumente utilizada posteriormente em nossos campos. Não porque o Botafogo tivesse dado “Olé” no River. Não. Foi um “Olé” pessoal. De Garrincha em Vairo.

Nunca assisti a coisa igual. Só a torcida mexicana com seu traquejo de touradas poderia, de forma tão sincronizada e perfeita, dar um “Olé” daquele tamanho. Toda vez que Mané parava na frente de Vairo, os espectadores mantinham-se no mais profundo silêncio. Quando Mané dava aquele seu famoso drible e deixava Vairo no chão, um coro de cem mil pessoas exclamava: “Ôôôôô”! O som do “olé” mexicano é diferente do nosso. O deles é o típico das touradas. Começa com um ô prolongado, em tom bem grave, parecendo um vento forte, em crescendo, e termina com a sílaba “lé” dita de forma rápida. Aqui é ao contrário: acentua-se mais o final “lé”: “Olééé!” – sem separar, com nitidez, as sílabas em tom aberto.

Verdadeira festa. Num dos momentos em que Vairo estava parado em frente a Garrincha, um dos clarins dos “mariaches” atacou aquele trecho da Carmem que é tocado na abertura das touradas. Quase veio abaixo o Estádio Universitário.

Numa jogada de Garrincha, Quarentinha completou com o gol vazio e fez nosso gol. O River reagiu e também fez o dele. Didi ainda fez outro, de fora da área, numa jogada que viera de um córner, mas o juiz anulou porque Paulo Valentim estava junto à baliza. Embora a bola tivesse entrado do outro lado, o árbitro considerou a posição de Paulinho ilegal. De fato, Paulinho estava “off-side”. Havia um bolo de jogadores na área, mas o árbitro estava bem ali. E Paulinho poderia estar distraindo a atenção de Carrizo.

O jogo terminou empatado. Vairo não foi até o fim. Minella tirou-o do campo, bem perto de nós no banco vizinho. Vairo saiu rindo* e exclamando: “No hay nada que hacer. Imposible” – e dirigindo-se ao suplente que entrava, gozou:

– Buena suerte muchacho. Pero antes, te aconsejo que escribas algo a tu mamá.

O jogo terminou empatado e uma multidão invadiu o campo. O “Jarrito de Oro”, que só seria entregue ao “melhor do campo” no dia seguinte, depois de uma votação no café Tupinambá, foi entregue ali mesmo a Garrincha. Os torcedores agarraram-no e deram uma volta olímpica carregando Mané nos ombros. Sob ensurdecedora ovação da torcida. No dia seguinte, os jornais acharam que tínhamos vencido o jogo, considerando o tal gol como válido. Mas só dedicaram a isto poucas linhas. O resto das reportagens e crônicas foi sobre Garrincha.

As agências telegráficas enviaram longas mensagens sobre o acontecimento e deram grande destaque ao “Olé”. As notícias repercutiram bastante no Rio e a torcida carioca consagrou o “Olé”. Foi assim que surgiu este tipo de gozação popular, tão discutido, mas que representa um sentimento da multidão.

Já tentaram acabar com o “Olé”. Os árbitros de futebol, com sua inequívoca vocação para levar vaias, discutiram o assunto em congresso e resolveram adotar sanções. Mas como aplicá-las? Expulsando a torcida do estádio? Verificando o ridículo a que estavam expostos, deixam cada dia mais o assunto de lado. É melhor assim. É mais fácil derrubar um governo do que acabar com o “Olé”.

Não poderia ter havido maior justiça a um jogador que a que foi feita pelos mexicanos a Mané Garrincha. Garrincha é o próprio “Olé”.

Dentro e fora de campo, jamais vi alguém tão desconcertante, tão driblador. É impossível adivinhar-se o lado por onde Mané vai “sair” da enrascada. Foi a coisa mais justa do mundo que Garrincha tivesse sido o inspirador do “Olé”.

Saudações botafoguenses!

***

* As pessoas já foram mais espirituosas ou talvez o senso de humor, menos egocêntrico. Acho que o mundo pode ter sido um lugar mais divertido quando ser cool não era moda. Fora a expressão ridícula dos que se esforçam para ‘representar’ o tempo todo, com medo de serem flagrados por cameretas de celular e expostos em praça ‘youtúbica’ com o cabelo ‘mal desarrumado’ e rindo. Mas como colocar essa tese à prova sem se expor ao que o senso comum contemporâneo comportadinho considera ridículo, estando-se sob o jugo da ‘era da incerteza caretaça blasé’? Dane-se o ridículo! Feliz de quem ri de si mesmo, se diverte com o brilho alheio e, claro, o próprio, enquanto autor da piada.

domingo, 30 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fé abalada


Antes do jogo eu escrevi "em Seedorf nós confiamos", mas a cada minuto jogado minha crença escorria pelos degraus da arquibancada - ôche, fiquei dramático. Será que é falta de ritmo de jogo ou o Seedorf é apenas um grande jogador aposentado em atividade? Acho que ainda tenha muito pra jogar, e já mostrou que tem muito o que dizer.

***

O jogo de domingo foi a estréia do Seedorf no Botafogo e a do João num estádio. Meu amigo decidiu que era hora do filho saber como é um jogo de bola pela vista do 'arquiba'.

Entre o carro e o estádio o pai apontou pro filho, "Ele faz isso", e o João agarrava o escudo e puxava a camisa esticada tipo queijo de pizza até a boca, e beijava a estrela, e repetia o gesto, e repetia... um mantra. Ele ficou emocionado com a quantidade de gente vestindo Botafogo. Parecia que carregava um "passado de torcedor" num corpo de uns 7 anos.

***

Gaivotas incríveis de papel, um sucesso.

O João quis se afastar dos tambores e não desviava a atenção do jogo.

No começo do segundo tempo, uma disputa de bola sem ímpeto e o João “O Botafogo já perdeu”.

E foi isso: O destino tocando os olhas da criança, um fractal revelando o desfecho de um passado sem espírito olímpico.

***

Na volta ao Shopping, um ovomaltine me lembrou dos meus tempos de criança, quando eu gostava de uma coisa parecida que se chamava malted milk, também no Bob’s, que tinha o mesmo nome mas era outro negócio.

O Botafogo também parece outra coisa. Acho que prefiro o Botafogo dos 21 anos sem títulos a esse troço confuso, esquisito e pusilânime de hoje em dia.
(but in Seedorf we trust...)

Somos os oitavos e estamos sete posições acima do meu prognóstico. Torço muito para que meu palpite esteja errado, e que o João não perca o interesse pelo futebol e o amor pelo Botafogo. A fé...
(but in Seedorf we trust...)

Saudações botafoguenses!


PS 1: Encontrei o meu amigo Gil no segundo tempo. O time é um teste pro coração dos amigos.

PS 2: A diretoria que esqueça essa estória de 35 mil torcedores pagando 60 mangos pra assistir a esse treco no próximo jogo.
 
PS 3: E o João já está querendo voltar pro próximo. Há esperança ou é inocência de criança? Tomara que seja tudo isso.

[Link para os melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Grêmio]

domingo, 22 de julho de 2012

In Seedorf We Trust

(foto: Jorge William/ O Globo)

Hoje é dia de estreia. Salve, Seedorf! Seja muito bem-vindo!

Saudações botafoguenses!

PS: Podem me chamar de chato, dizer que eu reclamo de tudo, mas não posso deixar passar em preto e branco: Sessenta reais o ingresso? Ô, diretoria, dá um tempo!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Deve ser culpa da torcida

Se algo de positivo a derrota humilhante de ontem pode legar para a temporada, sem dúvida que foi a bendita quebra da maldita invencibilidade. Pena que chegou justo na hora em que não deveria e da forma vergonhosa como aconteceu. Caímos de quatro e as chances de recuperação existem, porém devem ser medidas a partir da vírgula à direita de um zero.

Se me perguntarem o que houve na tarde de ontem, repasso a questão aos gurus de unicelulares, os homens dos discursos vazios, das falas vulgares, os mesmos que se juntarão ao pequeno grupo de botafoguenses que acredita na tese idiota que atribui a série de fracassos das últimas temporadas às vaias da torcida.

Foi a torcida que recuou covardemente o time depois de sair em vantagem no marcador? Somos nós os que deveriam estar marcando os adversários em QUATRO oportunidades? Seria nossa a culpa pelo despreparo psicológico ou pela falta de inteligência dos jogadores? Foi um torcedor que “ficou rezando” para a chegada da parada técnica e mesmo assim não reorganizou o time para absorver a perda de um jogador? Fomos nós que deslocamos o “melhor jogador do Botafogo” – segundo Oswaldo de Oliveira – para levar um baile na lateral? Somos nós que deveríamos responder o porquê das despropositais entradas de Herrera e Caio, completamente perdidos em campo? Deveríamos aplaudir um jogador totalmente desprovido de caráter como Elkeson? Era nosso o sangue de barata que corria nas veias daquele time que perdeu de 4 x 1 na tarde de ontem?

E agora, senhor treinador, senhores diretores, botafoguenses de araque? Respondam vocês.

Saudações botafoguenses!

[Link para os ‘melhores momentos’: Fluminense 4 x 1 Botafogo]

domingo, 6 de maio de 2012

Nossa Senhora da Chuteira

(Ball Worship)

É óbvio que um sujeito não precisa de chuteiras pretas pra jogar com seriedade. Aliás, levar-se a sério em demasia pode embaçar a graça do espírito e empurrar o sisudo na direção do tropeço na divisa do ridículo. No entanto, existem momentos em que o faceiro deveria abaixar o pescoço da alma e levantar a cabeça de osso. No esporte isso pode ser muito útil.

Se Antonio Carlos e Fabio Ferreira jogarem com a humildade, a seriedade e a atenção que apresentaram na partida contra o Vasco, estaremos no caminho da vitória. Podemos até nos dar ao luxo de falhar em alguns arremates, porque o fator de decisão está ali: a zaga confiável que tivemos no domingo passado.

Caso queiram fazer o papel do vaidoso que fizeram no jogo de quarta-feira, que Deus proteja suas almas e os acolha na hora final, quando uma mera confissão sincera resolveria a pendenga. Para a história escrita, isto não serviria de nada.

Saudações botafoguenses!

A História Real


Saudações botafoguenses!

domingo, 22 de abril de 2012

Bangu 2 x 4 Botafogo

(a partir de foto de Cleber Mendes/Lancenet)

Botafogo é espetáculo. Jogo perfeito.

O manjado cruzamento com desvio na primeira trave pro primeiro e El Loco se antecipa e amplia: 2 x 0.

Uma trapalhada na defesa, e eles diminuem.

Maicosuel passa pra El Loco formar um hat trick, e em seguida o próprio Maic conecta um contra-ataque adversário, e que Jefferson não chega a tempo.

(imagem: Paulo Sergio/Lancenet)

Lucas, que foi mal no gol contra, sofre pênalti claro, e o fantástico El Loco Abreu, que já tinha um hat trick na manga, perdeu o sexto pênalti das 7 últimas tentativas.

Maicosuel sela o resultado aproveitando passe de Márcio Azevedo.

(a partir de foto de Fabio Castro/Agif)

Muitas chances criadas e várias desperdiçadas, 4 gols marcados, 1 hat trick, muitas chances criadas e várias desperdiçadas: defesa inconsistente, erros bisonhos de passe, falhas grotescas, e muita garra, jogadas espetaculares, reviravoltas e muita emoção.

Próximo episódio: Final da Taça Rio.

É a 5a (quinta!!!) final que o Botafogo disputa nos últimos seis anos.

Saudações botafoguenses!

[Link para os melhores momentos: Bangu 2 x 4 Botafogo]

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Discurso e futebol

É sabido que a diretoria botafoguense exigiu que Caio Júnior dirigisse a equipe evitando um esquema tático baseado exclusivamente nos contra-ataques e nas ligações diretas – leia-se ‘chutão pra frente’. Não seria necessário um gênio do marketing para constatar que este era o principal foco de rejeição ao comando de Joel Santana, por parte dos torcedores. ‘Jogaram para a torcida’, literalmente. Caio Júnior respondeu ao chamado e declarou que pretendia implementar um esquema baseado no modelo de futebol europeu. Juntou a isso a ideia de que trabalharia para tornar o time ofensivo – “Um sonho que eu tenho é colocar o time pra frente” – e que gostaria de “fazer com que o torcedor goste de ver a equipe jogar”. O discurso do novo treinador foi aceito pela maioria dos torcedores e pela imprensa especializada. Plateia ganha.

Deixando de lado o discurso inicial de Caio Júnior, o conceito geral que foi posto em prática é bom e surtiu efeito positivo, apesar dos diversos níveis de assimilação. Porém, a excessiva oscilação da qualidade do futebol apresentado não é compatível com uma equipe que pleiteie algo além da Sul-Americana. Saudações botafoguenses!

sábado, 10 de setembro de 2011

Canal campeão de araque

O VT do jogo em que vencemos o Palmeiras não estava na grade de programação, mas por algum motivo acabou sendo incluído – não sei como as coisas funcionam nesse metiê, mas foi isso o ocorrido. Deduzi que em função do placar elástico e o bom nível da partida, somados à presença de uma equipe que vem se destacando na competição, a direção da emissora achou por bem reprisar o jogo. Ao tentar me programar para ver o VT do último jogo percebi que Botafogo 4 x 0 Ceará não fazia parte da grade de programação. Embora o fato tenha me chateado um pouco, não me surpreendi, pois nada mais era do que um repeteco do que acontecera uma semana antes. No entanto, fiquei irritado quando descobri mais tarde que o VT não iria entrar na programação, mesmo em se tratando de uma partida espetacular, onde figurava um protagonista que está na ponta de cima da tabela. Ou seja, deduzo que a qualidade do ‘espetáculo’ e o protagonismo na competição não sejam elementos que pautam os critérios que norteiam os responsáveis pelas decisões de programação do canal Sportv. Fiquei surpreso pelo fato de haver duas partidas entre clubes que estão fora da disputa principal – ao menos na presente rodada – entre os VTs programados, mas minha irritação aumentou ao me deparar com a presença de um jogo entre Vélez e Argentino Juniors (com direito a duas retransmissões). Quando pensava que o Sportv – que detém o monopólio de transmissão de jogos do campeonato mais importante do país – já tivesse esgotado sua capacidade de mexer com meus nervos, descubro sua falta de limites ao descobrir que o referido canal vai transmitir VTs de duas partidas de futsal, um jogo da série B e nada menos do que Itália x El Salvador, pelo campeonato de futebol de areia!!! Mesmo que a mídia historicamente não dê ao Botafogo o destaque que acredito que mereça, ela vive de sua audiência e – suponho – Itália x El Salvador está longe de representar um bom produto, muito menos em comparação com uma partida espetacular de futebol, a goleada botafoguense. Avento algumas possibilidades para a decisão de deixar o jogo do Botafogo de fora da programação: 1) A direção do Botafogo negocia pessimamente os direitos de transmissão com a emissora; 2) Houve algum tipo de operação conjunta para levar mais público ao estádio e forçar a compra de pacotes pay per view (mesmo que um VT seja, obviamente, posterior ao evento ao vivo); 3) A péssima fase dos dois clubes de maior número de torcedores do país deveria ser isolada de um termo comparativo que realçasse o fato; 4) A ascenção inesperada de um clube tido como coadjuvante está atrapalhando o fortalecimento das marcas escolhidas como protagonistas. Não é difícil imaginar o quanto a queda de produção de times cujas imagens têm grande volume de investimento por parte da mídia e de seus anunciantes incomoda o canal Sportv, mas, apesar disso, creio que o princípio da imparcialidade jornalística deveria prevalecer. Seja por alguma das razões presumidas ou qualquer tipo de combinação entre elas, o que fica para a história é o fato de que o melhor jogo da rodada não tenha sido reprisado por uma das emissoras que compõem o monopólio televisivo que demonstra, através de ações como esta, ser uma das piores doenças sociais, culturais e éticas da história brasileira. O que atenua minha irritação é saber que, longe dos holofotes e sem fazer alarde, o Botafogo está comendo pelas beiradas. Deixa quieto...

Saudações botafoguenses!

Nota adicionada em 11/09/2011: o VT de Botafogo 4 x 0 Ceará foi transmitido às 6h do dia 11/09/2011 e será reprisado em 13/09/2011, às 10h.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

El Loco-motiva

(Foto: André Ricardo/UOL)
 
“Irreconhecível”. Era isso o que o amigo Alberto ficava repetindo ontem, enquanto o time do Botafogo atropelava o Vasco da Gama de forma arrasadora, exemplar, inquestionável, espantosa. Para aqueles que acompanham o blog não é surpresa saber que eu também não reconheci o Botafogo de ontem, não só pelo uniforme estranhíssimo. Parecia até o Botafogo de Futebol e Regatas, o original, ‘O Glorioso’.

Poderia ter sido uma goleada histórica, mas... O comedimento, senhores, o comedimento.

Jefferson fez duas defesas fantásticas. Já íamos lá pelos 3 x 0 e eu torcendo pra alguém soltar uma bomba, uma oportunidade pra aproveitar um pouco mais as defesas espetaculares do melhor goleiro do Brasil.

O sujeito que dizem por aí que só sabe cabecear provou que é ‘isso’ e mais dois golzinhos. Ignorou a ‘melhor zaga do Brasil’ e deixou o Dedéckenbauer (excelente jogador, diga-se) procurando o Wally.

Não considero razoável pensar que o resultado do que vinha sendo treinado por Caio Júnior finalmente eclodiu de uma hora pra outra. O que faz a diferença é a presença do El Loco, dentro e fora de campo.

Saudações botafoguenses!

PS: As duas vezes em que o jornalista Paulo César Vasconcellos disse que o Vasco estava melhor no jogo, o Botafogo fez um gol em seguida. Como bom botafoguense, o jornalista poderia ter repetido o comentário umas dez vezes, mas o excesso demanda ocasião.
 
[Link para os melhores momentos: Botafogo 4 x 0 Vasco]
 

domingo, 31 de julho de 2011

O reencontro

 

Nas duas últimas vezes que fomos a Minas enfrentar o Cruzeiro, os bandeirinhas confundiram uma partida de futebol com uma confraria de patifes.

 
***

O jogo de hoje marca a volta do 'El Loco' Abreu ao Botafogo. Abreu está diretamente ligado à disposição psicológica que levou o Botafogo à conquista de 2010. Que seu reencontro com o clube seja uma retomada do espírito vencedor do ano passado.
 
Porque o negócio do El Loco é fechar com os camaradas, lutar até o último respiro. Abreu desorienta a torcida adversária, enfrenta a concorrência com assertividade, inteligência, e ainda deixa a imprensa de queixo caído, com sua eloquência sagaz e incisiva.
 
Que seja assim em 2011. Bem-vindo, campeão!
 
Saudações botafoguenses!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cereja do golo


Com essa o Herrera alterou a nota no meio do meu grito de ‘Gol’.

Saudações botafoguenses!

segunda-feira, 22 de março de 2010

No final, sem chance ao azar

 

Rumo ao título.

Finalmente vi a equipe jogando um futebol esperto. Demos chance ao azar, nada além disso. Parabéns ao time!

Leiam: Cantinho Botafoguense, Fernando Gonzaga, Fogo Eterno, Fogoblog, MCR, Mundo Alvinegro, Mundo Botafogo/Estrela Solitária, snoopy em preto e branco.

 
(Foto: Paulo Sérgio, Lancenet) 
 
Saudações botafoguenses!