terça-feira, 16 de abril de 2013

Botafogo 4 x 1 Nova Iguaçu - Baila comigo



Essa é só pra registrar o preparo físico do elenco. Vixe... us bíchu voa!

Faz tempo o pessoal não anda no ritmo desse Botafogo estilo 'sai da frente' 2013.

O Fellype Gabriel declarou que os treinos ficaram mais intensos por influência do Seedorf. A contribuição do craque é ampla, não se limita aos aspectos técnicos, táticos, psicológicos, imagem, 'branding'. Salve, o Botafogo saradaço versão Seedorf 2013!

Leituras:

- Botafogo 4 x 1 Nova Iguaçu

- Botafogo 4 x 1 Nova Iguaçu: Mané Clarêncio

Saudações botafoguenses!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Botafogo 3 x 1 Friburguense – Vâmu qui vâmu!



Não pude assistir à partida de ontem e ao que tudo indica não assistirei, porque não será reprisada – o país do monopólio é 'êsto'.

Matematicamente classificado para as semifinais da Taça Rio, e dependendo de esforço próprio pra garantir a vantagem do empate, tanto nas semi quanto em uma possível final do Carioca.

Sobre o jogo:

- Mundo Botafogo: Botafogo: chapa três outra vez

- Cantinho Botafoguense: Matematicamente garantido

Saudações botafoguenses!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Botafogo 3 x 0 Olaria


(Fotos: Fabio Castro/Agif e Gazetapress)

Botafogo vence o Olaria, segue na liderança, e com um jogo a menos.

Primeiro tempo burocrático, final feliz.

Sobre o jogo, sugiro:

- Mundo Botafogo: Botafogo 3x0 Olaria

- Fogo Eterno: Uma tarde de golaços

- Cantinho Botafoguense: Na ponta do grupo

Saudações botafoguenses!

 
(Foto: Fabio Castro/Agif)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Vasco 0 x 3 Botafogo - mais que uma vitória


(A partir de fotos de Bruno Lima e Cleber Mendes/Lancenet)


O campeonato segue, a vitória fica.

Nota A.2: Leiam também: Botafogo voando e goleando… sem Seedorf! e Botafogo 3 x 0 vasco: Tripla vitória.

Saudações botafoguenses!
 

(Foto: Cleber Mendes/Lancenet)

quarta-feira, 27 de março de 2013

A expulsão do Seedorf é 'made in brazil-zil-zil'

Seedorf foi expulso de uma partida por se recusar (a princípio) a sair pelo lado do campo que o árbitro da partida exigia que saísse para ser substituído, quando NÃO ESTAVA SENDO SUBSTITUÍDO, e DEPOIS DE OCORRER A SUBSTITUIÇÃO QUE SUPOSTAMENTE SERIA A SUA. O absurdo se avoluma ao ponto do surrealismo, quando, no final das contas, somos levados a concluir que, caso a substituição de fato ocorrera, o jogador ANDRE BAHIA SUBSTITUIU UM JOGADOR EXPULSO.

Transcrevo texto do amigo Rui Moura sobre a expulsão mais esdrúxula da história do futebol mundial, fato que coloca o Brasil em posição de destaque como uma potência incontestável em __________________.

Da pequenez deles à nossa superioridade

 

Quando o Botafogo se encaminha para uma fase boa, eis que os servidores da injustiça e leais esbirros do poder do futebol carioca tratam de aparecer. Não bastaram os “15 minutos de fama” do juiz, agora é o tribunal desportivo a querer brilhar em cima de Seedorf.

Assim mata-se «dois coelhos de uma cajadada só»: brilha-se em cima do Seedorf e desestabiliza-se a equipa. Foi assim com Loco Abreu, quando a imprensa lançou o atleta contra o Botafogo constantemente. Acabaram por ganhar. Esperam ganhar novamente.

A solução é simples: na medida em que quando voamos cada vez mais alto os terrestres vêem-nos cada vez mais pequenos, mantenhamos essa superioridade e façamos que todos os esbirros engulam um sapo muito grande mantendo a calma durante a semana e aumentando a pegada em campo.

Dirigentes, comissão técnica e atletas: é hora de sabermos quanto valem como homens. Não se deixem vencer e vergar, porque não devemos jamais esquecer que “tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens do bem nada façam”.

É hora de juntarmos o proveito à fama, isto é, se nos acusam de altivos, sejamo-lo. Com tranquilidade e rigor durante os treinos e esbanjando categoria nos estádios de futebol. Se formos muito superiores, não há dirigente federativo, juiz de tribunal, jornalista da flapress, que trave a nossa fúria de vencer.

AVANTE, BOTAFOGO! NÓS TE AMAMOS!

Texto de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

[Publicação original aqui]

Nota 1: Duas dicas de leitura sobre o assunto, garimpadas por Rui Moura:

Lancenet: http://www.lancenet.com.br/botafogo/Divulgacao-responde-duvidas-expulsao-Seedorf_0_889111264.html

Bate-bola Alvinegro: http://globoesporte.globo.com/platb/torcedor-botafogo/2013/03/25/cereja-do-bolo

Nota 2: Introdução inspirada no artigo de Caio Araujo e em comentário de Rivaldo Santos.

Saudações botafoguenses!

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Botafogo do Beckenbauer


Franz Beckenbauer admira o Botafogo pelo futebol que viu em campo, no tempo em que o marketing ainda não havia chegado aos gramados.

Ninguém é obrigado a gostar do Botafogo. Nem o Beckenbauer. Mas negar uma história de futebol de alto nível é flertar com a idiotice. (O “Kaiser” não precisa desta informação).

Saudações botafoguenses!

terça-feira, 12 de março de 2013

Botafogo – Campeão da Taça Guanabara 2013


(Foto: Bruno Lima/Lancenet!press)

Era "Vencer ou vencer!", já que a vantagem do empate era dos adversários dos dois jogos decisivos, vencidos em sequência. O Botafogo é campeão sem disputa por pênaltis.

A Taça Guanabara de 2013 foi para a sede do clube porque os jogadores 
foram superiores tecnicamente e na garra, tiveram maior concentração, e foram mais inteligentes.

Parabéns aos melhores jogadores da competição! Vocês superaram a desvantagem na regra, a marcação dura dos adversários batidos, bem como o descrédito e a torcida contrária do setor ‘jornalístico’ especializado em propaganda rubro-negra.

Parabéns, Botafogo! Parabéns, torcida alvinegra!

Saudações botafoguenses!

[Link para os melhores momentos: Vasco 0 x 1 Botafogo]

quarta-feira, 6 de março de 2013

Segunda-feira de lágrimas


(Foto original: Ivo Gonzales/Globo)

Comentários no blog do jornalista Mauro Beting, no Lancenet.com, em 4/3/2013 (aqui):

Regys: “(…) o exelente(sic) juis(sic) do botafogo, que permitiu tudo, eu falei tudo… aqui comenta um torcedor sem chororo(sic) (…) comenta aí, que o zagueio virou goleiro, e que cabeça de área virou lutador de mma, e juiz finje(sic) que nao(sic) viu nada!!!”
Regys é um “torcedor sem chororo”, chorando feito um bebê.

Fabiano Santos: “COMO BEM DITO NO FANTÁSTICO, ONTEM, O FLAMENGO TEVE DE JOGAR CONTRA O BOTAFOGO E CONTRA O JUÍZ. UMA VERGONHA ESSA ARBITRAGEM. O JUIZ DEVIA TER UMA CAMISA DO FOGUINHO POR DEBAIXO DA DELE. AINDA NÃO GANHARAM NADA. SOMOS OS REIS DO RIO.”
Fabiano Santos, um chorão “globalizado”, com um rei de baralho furado na barriga.

Roger: “Eu queria ver se fosse o contrário, hoje seria um chororo(sic) só, uma comoção na imprensa, mas contra o Flamengo ninguém fala nada, uma vergonha o que aconteceu ontem, não tem mérito algum o fraco time do Botafogo, agora quem inventoui aquele juizinho de ontem? quando foi que apitou alguma partida importante? muito, mas muito suspeita a escalação dele.”
Roger, um sujeito que curiosamente chora sem saber que está chorando.

João Marcos: “Fora o penalty que o Sr. Juizao, literalmente de amarelo, não deu (…)”
João Marcos, mais um chorão fantasiado de entidade de macumba avessa à cor amarela.

Prubro Negro: “(…) já sei aprenderam o MMA viram muitas lutas do Anderson Silva, Cigano, Zé Aldo, só que a federação do Rio esqueceu de escalar um juiz do UFC. (...) Aos Rubros Negros como eu, não vamos Chorar, pois é coisa de botafoguense” (Não consigo parar de rir depois dessa..).
Prubro Negro, outro chorão chorando e teimando que não chora.

Marcus: “Erros de arbitragem existem em qualquer lugar, porem o engraçado e que se fosse contra o Botafogo, hoje seria uma comoçao geral, todos os canais repetindo o lance uma choradeira geral, fariam dvd para levar para Fifa, arbitro seria suspenso etc. Mas como o erro prejudicou o Flamengo tudo bem.”
Marcus, um selenita chorão e ponderado que não viu o Fantástico, o Bem Amigos e o Globoesporte.

Smith: “Botafoguense é um torcedor sui-generis. Agora quer elevar Cidinho, vitinho, Sassá, lodeiro e outros razoáveis jogadores a categoria de Craque! Eles são muito engraçados. Pênaltis claríssimos agora é bola-na-mão.”
Smith, torcedor chorão do + quirídu e fã do craque Rafinha.

Fayfay: “colocaram um cego para apitar o jogo”
Fayfay ‘Pacarai’, chorão sintético.

***

Eu sei que foi a primeira vez que o time da gávea foi derrotado pelo Botafogo no Engenhão.

Sei que quebramos uma invencibilidade de 17 jogos.

Também sei que a derrota representou a eliminação (a deles, lógico!) da Taça Guanabara.

Além disso, não só eu, botafoguense, mas muitos torcedores do time da gávea e inclusive alguns da Udinese sabem que foi uma tremenda ‘água no chopp’ da festinha preparada durante toda a semana para o aniversário de 60 anos do maior ídolo do clube.

Mas, cá entre nós, é muito chororô pra uma semifinal de primeiro turno de estadual, né não? Imagina se fosse um amistoso no Japão!!!

Saudações botafoguenses!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

30 anos sem Garrincha - Garrincha pra sempre!


Coluna Megafone - Deixa Falar, da revista Carta Maior. [Link para publicação original].
 * (Uma dica da minha amiga Beth).

Trinta anos sem o gênio Mané Garrincha

No dia 20 de janeiro de 1983, há exatos 30 anos, morria Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, no Rio de Janeiro. Por causa disso, "Deixa Falar: o megafone do esporte" sai em edição extraordinária para lembrar Mané e uma de suas criações - o "olé" - através de um texto clássico de João Saldanha, à época (1958) técnico do lendário time do Botafogo.
Raul Milliet Filho

“OLÉ” NASCEU NO MÉXICO

(Texto extraído do livro Os Subterrâneos do Futebol, de João Saldanha, lançado em 1963 pela editora Tempo Brasileiro)

O Estádio Universitário ficou à cunha. Cem mil pessoas comprimidas para assistir ao jogo. É muito alegre um jogo no México. É o país em que a torcida mais se parece com a do Rio de Janeiro. Barulhenta, participa de todos os lances da partida. Vários grupos de “mariaches” comparecem. Estes grupos, que formam o que há de mais típico da música mexicana, são constituídos de um ou dois “pistões” e clarins, dois ou três violões, harpa (parecida com a das guaranias), violinos e marimbas. As marimbas são completamente de madeira, mas não vão ao campo de futebol, sendo substituídas por instrumentos pequenos. O ponto alto dos “mariaches” é a turma do pistão, do clarim e o coro, naturalmente. No campo de futebol, os grupos amadores de “mariaches” que comparecem ficam mais ativos em dois momentos distintos: ou quando o jogo está muito bom e eles se entusiasmam, ou, inversamente, quando o jogo está chato e eles “atacam” músicas em tom gozador. No jogo em que vencemos ao Toluca, que estava no segundo caso, os “mariaches” salvaram o espetáculo.

O time do River era, realmente, uma máquina. Futebol bonito e um entendimento que só um time que joga junto há três anos pode ter. Modestamente, jogamos trancados. A prudência mandava que isto fosse feito. De fato, se “abríssemos”, tomaríamos um baile.

Foi um jogo de rara beleza. E não foi por acaso. De um lado estavam Rossi, Labruña, Vairo, Menéndez, Zarate, Carrizo. De outro, estavam Didi, Nilton Santos, Garrincha etc. Jogo duro e jogo limpo. Não se tratava de camaradagem adquirida em quase um mês no mesmo hotel, mas sim da presença de grandes craques no gramado. A torcida exultava e os “mariaches” atacavam entusiasmados.

Estava muito difícil fazer gol. Poucas vezes vi um jogo disputado com tanta seriedade e respeito mútuos. Mas houve um espetáculo à parte. Mané Garrincha foi o comandante. Dirigiu os cem mil espectadores. Fazendo reagirem à medida de suas jogadas. Foi ali, naquele dia, que surgiu a gíria do “Olé”, tão comumente utilizada posteriormente em nossos campos. Não porque o Botafogo tivesse dado “Olé” no River. Não. Foi um “Olé” pessoal. De Garrincha em Vairo.

Nunca assisti a coisa igual. Só a torcida mexicana com seu traquejo de touradas poderia, de forma tão sincronizada e perfeita, dar um “Olé” daquele tamanho. Toda vez que Mané parava na frente de Vairo, os espectadores mantinham-se no mais profundo silêncio. Quando Mané dava aquele seu famoso drible e deixava Vairo no chão, um coro de cem mil pessoas exclamava: “Ôôôôô”! O som do “olé” mexicano é diferente do nosso. O deles é o típico das touradas. Começa com um ô prolongado, em tom bem grave, parecendo um vento forte, em crescendo, e termina com a sílaba “lé” dita de forma rápida. Aqui é ao contrário: acentua-se mais o final “lé”: “Olééé!” – sem separar, com nitidez, as sílabas em tom aberto.

Verdadeira festa. Num dos momentos em que Vairo estava parado em frente a Garrincha, um dos clarins dos “mariaches” atacou aquele trecho da Carmem que é tocado na abertura das touradas. Quase veio abaixo o Estádio Universitário.

Numa jogada de Garrincha, Quarentinha completou com o gol vazio e fez nosso gol. O River reagiu e também fez o dele. Didi ainda fez outro, de fora da área, numa jogada que viera de um córner, mas o juiz anulou porque Paulo Valentim estava junto à baliza. Embora a bola tivesse entrado do outro lado, o árbitro considerou a posição de Paulinho ilegal. De fato, Paulinho estava “off-side”. Havia um bolo de jogadores na área, mas o árbitro estava bem ali. E Paulinho poderia estar distraindo a atenção de Carrizo.

O jogo terminou empatado. Vairo não foi até o fim. Minella tirou-o do campo, bem perto de nós no banco vizinho. Vairo saiu rindo* e exclamando: “No hay nada que hacer. Imposible” – e dirigindo-se ao suplente que entrava, gozou:

– Buena suerte muchacho. Pero antes, te aconsejo que escribas algo a tu mamá.

O jogo terminou empatado e uma multidão invadiu o campo. O “Jarrito de Oro”, que só seria entregue ao “melhor do campo” no dia seguinte, depois de uma votação no café Tupinambá, foi entregue ali mesmo a Garrincha. Os torcedores agarraram-no e deram uma volta olímpica carregando Mané nos ombros. Sob ensurdecedora ovação da torcida. No dia seguinte, os jornais acharam que tínhamos vencido o jogo, considerando o tal gol como válido. Mas só dedicaram a isto poucas linhas. O resto das reportagens e crônicas foi sobre Garrincha.

As agências telegráficas enviaram longas mensagens sobre o acontecimento e deram grande destaque ao “Olé”. As notícias repercutiram bastante no Rio e a torcida carioca consagrou o “Olé”. Foi assim que surgiu este tipo de gozação popular, tão discutido, mas que representa um sentimento da multidão.

Já tentaram acabar com o “Olé”. Os árbitros de futebol, com sua inequívoca vocação para levar vaias, discutiram o assunto em congresso e resolveram adotar sanções. Mas como aplicá-las? Expulsando a torcida do estádio? Verificando o ridículo a que estavam expostos, deixam cada dia mais o assunto de lado. É melhor assim. É mais fácil derrubar um governo do que acabar com o “Olé”.

Não poderia ter havido maior justiça a um jogador que a que foi feita pelos mexicanos a Mané Garrincha. Garrincha é o próprio “Olé”.

Dentro e fora de campo, jamais vi alguém tão desconcertante, tão driblador. É impossível adivinhar-se o lado por onde Mané vai “sair” da enrascada. Foi a coisa mais justa do mundo que Garrincha tivesse sido o inspirador do “Olé”.

Saudações botafoguenses!

***

* As pessoas já foram mais espirituosas ou talvez o senso de humor, menos egocêntrico. Acho que o mundo pode ter sido um lugar mais divertido quando ser cool não era moda. Fora a expressão ridícula dos que se esforçam para ‘representar’ o tempo todo, com medo de serem flagrados por cameretas de celular e expostos em praça ‘youtúbica’ com o cabelo ‘mal desarrumado’ e rindo. Mas como colocar essa tese à prova sem se expor ao que o senso comum contemporâneo comportadinho considera ridículo, estando-se sob o jugo da ‘era da incerteza caretaça blasé’? Dane-se o ridículo! Feliz de quem ri de si mesmo, se diverte com o brilho alheio e, claro, o próprio, enquanto autor da piada.

domingo, 30 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fé abalada


Antes do jogo eu escrevi "em Seedorf nós confiamos", mas a cada minuto jogado minha crença escorria pelos degraus da arquibancada - ôche, fiquei dramático. Será que é falta de ritmo de jogo ou o Seedorf é apenas um grande jogador aposentado em atividade? Acho que ainda tenha muito pra jogar, e já mostrou que tem muito o que dizer.

***

O jogo de domingo foi a estréia do Seedorf no Botafogo e a do João num estádio. Meu amigo decidiu que era hora do filho saber como é um jogo de bola pela vista do 'arquiba'.

Entre o carro e o estádio o pai apontou pro filho, "Ele faz isso", e o João agarrava o escudo e puxava a camisa esticada tipo queijo de pizza até a boca, e beijava a estrela, e repetia o gesto, e repetia... um mantra. Ele ficou emocionado com a quantidade de gente vestindo Botafogo. Parecia que carregava um "passado de torcedor" num corpo de uns 7 anos.

***

Gaivotas incríveis de papel, um sucesso.

O João quis se afastar dos tambores e não desviava a atenção do jogo.

No começo do segundo tempo, uma disputa de bola sem ímpeto e o João “O Botafogo já perdeu”.

E foi isso: O destino tocando os olhas da criança, um fractal revelando o desfecho de um passado sem espírito olímpico.

***

Na volta ao Shopping, um ovomaltine me lembrou dos meus tempos de criança, quando eu gostava de uma coisa parecida que se chamava malted milk, também no Bob’s, que tinha o mesmo nome mas era outro negócio.

O Botafogo também parece outra coisa. Acho que prefiro o Botafogo dos 21 anos sem títulos a esse troço confuso, esquisito e pusilânime de hoje em dia.
(but in Seedorf we trust...)

Somos os oitavos e estamos sete posições acima do meu prognóstico. Torço muito para que meu palpite esteja errado, e que o João não perca o interesse pelo futebol e o amor pelo Botafogo. A fé...
(but in Seedorf we trust...)

Saudações botafoguenses!


PS 1: Encontrei o meu amigo Gil no segundo tempo. O time é um teste pro coração dos amigos.

PS 2: A diretoria que esqueça essa estória de 35 mil torcedores pagando 60 mangos pra assistir a esse treco no próximo jogo.
 
PS 3: E o João já está querendo voltar pro próximo. Há esperança ou é inocência de criança? Tomara que seja tudo isso.

[Link para os melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Grêmio]